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Hoje foi um dia muito emotivo. As minhas lembranças passam a voar e parece que nem tempo tenho para as recordar. Tempo... Algo que já dou valor, muito valor. É um mito dizer que ele não é importante. Para mim, foi o que me deteve da insanidade.
E sorrio, tanto como choro. Um equilíbrio constante de emoções.
Passo um fio de cabelo entre as mãos. Vejo que já não existe aquele louro de outrora. Escureceu. Mas eu não deixo de ser quem era, só mais madura.
No meio disto tudo, como num texto antigo meu dizia "(...) não quero deixar de ser verde".
O que me sustém a alma continua a ser a minha extroversão exagerada de viver, de respirar até ao último suspiro do meu coração. Ai como a vida nos traz de volta tudo o que anseamos de um trago. Como me corrói por dentro não ter amor a mais para dar, estar seca esta fonte. Tenho o suficiente para todos os segundos do dia, nada mais, nada menos.
Salva-me desta interrogação, deste receio de ter mais.
E querer devia ser a minha ambição. Ansear a minha paixão.
No entanto, contento-me com pouco.
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