terça-feira, 30 de novembro de 2010

cola em mim

chega perto. aperta. chega perto. encosta. chega perto. beija.

sensação de movimentos que duram mais que breves segundos e dão-nos uma vida por inteiro. dás-me fôlego para continuar e resistir às adversidades da vida. te gusto guapo.

um dia de cada vez. um passo de cada vez.


hasta

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Duas faces

Duas faces. Uma folha. Uma caneta. Duas faces.
Por mais voltas que dê ao assunto saio sempre magoada. Ora é por ser o tempo reduzido, esse que tolero tão bem porque sofri do mesmo que tu, ora porque sou um ser que guardas numa caixinha, quase que como animal de estimação que não queres mostrar a ninguém. Era bom que por momentos eu visse uns raios do que me deverias dar, esse apreço que demonstras em breves gestos que não se prolongam. Não me venhas com desculpas porque nem tudo é justificável e apesar de morrer de sentimentos por ti desgostas-me um pouco nesses momentos em que eu sei que algo ficou por dizer.
A verdade é que gosto de ti e não tenho noção por vezes da situação em que me coloco ao deixar-te ser o que queres e o que fazer de mim. Mas decerto terás duas faces, uma tua e outra de alguém que pareço não reconhecer. Ou será que a que eu acho que é tua afinal não passa de uma maneira poética de eu te descrever aos meus amigos que tu não conheces decerto?
Sinto-me vazia por mais que te queira dar. Por vezes um beijo fugido traz mais apreço do que esses prolongados que te vou dando sem que as palavras saíssem e que por isso me sentia culpada ao beijar-te. Porque em todas as vezes eu queria ter falado e não ter deixado algo por dizer. Sinto que um dia me fugirás por entre os dedos e eu continuarei com as palavras que não te disse, com o beijo que ficou por dar com sentimento, com a lágrima que não derramei à tua frente para saberes o que me fazes sofrer.
O meu ombro sempre foi teu porto de abrigo e tu apenas me albergas tempestades. Ou sou eu que tranporto um copo de água a transbordar?
um beso

terça-feira, 16 de novembro de 2010

bilhete de comboio


dirigi-me à estação depois de uma longa viagem. entre trocas de comboios e bafos de cigarro deparei-me com um casal de miúdos que faziam promessas e juras como se o tempo voasse em segundos e a retorna de um olhar alcançasse dificuldade no futuro. enquanto se ouvia a buzina do comboio, uma estridente enquanto a linha se juntava aos carris o miúdo aproximava-se lentamente seguido pela rapariga que tremulamente lhe proferia palavras ao ouvido. apesar da idade, loucuras de amor fazem-nos parecer crianças e aqueles sem dúvida não eram excepção. o miúdo subia os degraus e ao mesmo tempo escolhia o lugar perto da janela para ver a "donzela". A miúda encostava-se no "parapeito", junto à linha e debruçava-se sobre esta enquanto que ele perfazia um coração com o dedo indicador no vidro. Parecia que o mundo terminava ali até ao próximo telefonema que fizessem, provavelmente logo após o comboio partir. E partiu, o comboio partiu e também o meu coração se desfez com aquela despedida de fim-de-semana. Não iriam existir beijos, nem abraços, nem qualquer afecto ou carinho pessoalmente, só sms, telefonemas infindáveis até à chegada da próxima segunda-feira. E segunda-feira é hoje e já os imagino a jogar monopólio ou outro jogo qualquer que os faça partilhar uma cumplicidade que só obtemos quando somos crianças e que é desenvolvida pelo verdadeiro amor. vi naqueles olhos esperança, vi futuro nos seus amuos do dia a dia, nas suas loucuras comuns, nos divertimentos mais estranhos. vi amor, amor que guardo em mim em lembrança, com meio ciúme de quem quer o mesmo e que vai tendo um pouco de cada vez. vi crianças que um dia hão-de ter miúdos e eu hei-de contar-lhes que os pais deles eram como eles, inocentes e genuínos. que provas de amor não eram necessárias, porque o seu quotidiano já o demonstrava o suficiente. acaba-se a ponta do cigarro, apago-o e entro no comboio. adormeço num turbilhão de sensações que me levam à minha terra, esse destino mais que desejado. atravesso a rua e eis o que vejo? a miúda ao telefone com o seu rapazinho, proferindo as "verdadeiras palavras de amor".

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Um dia

já me imaginei um dia a levar os miúdos à escola e beijar-te ao despedir-me enquanto segues para o teu trabalho. mais tarde apanho trânsito para o meu emprego e revejo-nos como somos hoje numa música do passado. sabe bem acreditas? gostar de alguém que gosta de nós.
sabes uma coisa?
Nunca gostei assim

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

*


A vida é diferente do que pensamos e imaginamos quando somos pequenos seres incompreendidos. Para nós é difícil perceber naqueles anos de pequenos como actua a responsabilidade e tudo que albergue o denominado "mundo de adultos". Ora seria tudo muito bonito senão fosse o facto de quando chegamos aos nossos 20 anos e apesar do b.i. constar que já somos maiores de idade há já dois anos, tal não se verifica maior parte das vezes nesses seres(que continuam incompreendidos).
Está certo que estou já no caminho curto para os 21 se tudo me permitir lá chegar, no entanto cuido das palavras de sinceridade que desde criança me incutiram e levaram a ser fiél ao meu coração e alma.
Apertam saudades de quando nada interessava sem ser viver, viver um dia de cada vez ao máximo de alegria. Que só se chorava por coisas que nada interessavam e passava num instante. Concretamente era (e é ) difícil viver assim agora, senão que impossível. Principalmente nós "mulherzinhas" que "metem" a cabecinha a funcionar e se questionam sobre todas as suas opções e relações. Vivemos num mundo de "bichinho" que não deixa viver e alimentamo-nos de falsas esperanças que só com muito sonho se tornam em algo.
Mas quando se tornam? Vivemos na fantasia de que tudo é perfeito e voltamos por momentos a esse mundo de príncipes e princesas, histórias que nos embalam e nos trazem uma boa noite de sonho. Hoje desejo que seja um desse(a)s dias/noites <3

(in)sanidade escrita

Bem vindo ao mundo das verdades e mentiras de Trice ;)
Não penses que depois de ler qualquer um dos textos da Patrícia a conheces seja um pouco que seja, ela é demasiado ocupada para pensar no que escreve e só escreve o que (pensa) que sente. Já aconteceu não sentir. Por isso é que o blog se apelida de #Verdades e mentiras do dia 0#