sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Duas faces

Duas faces. Uma folha. Uma caneta. Duas faces.
Por mais voltas que dê ao assunto saio sempre magoada. Ora é por ser o tempo reduzido, esse que tolero tão bem porque sofri do mesmo que tu, ora porque sou um ser que guardas numa caixinha, quase que como animal de estimação que não queres mostrar a ninguém. Era bom que por momentos eu visse uns raios do que me deverias dar, esse apreço que demonstras em breves gestos que não se prolongam. Não me venhas com desculpas porque nem tudo é justificável e apesar de morrer de sentimentos por ti desgostas-me um pouco nesses momentos em que eu sei que algo ficou por dizer.
A verdade é que gosto de ti e não tenho noção por vezes da situação em que me coloco ao deixar-te ser o que queres e o que fazer de mim. Mas decerto terás duas faces, uma tua e outra de alguém que pareço não reconhecer. Ou será que a que eu acho que é tua afinal não passa de uma maneira poética de eu te descrever aos meus amigos que tu não conheces decerto?
Sinto-me vazia por mais que te queira dar. Por vezes um beijo fugido traz mais apreço do que esses prolongados que te vou dando sem que as palavras saíssem e que por isso me sentia culpada ao beijar-te. Porque em todas as vezes eu queria ter falado e não ter deixado algo por dizer. Sinto que um dia me fugirás por entre os dedos e eu continuarei com as palavras que não te disse, com o beijo que ficou por dar com sentimento, com a lágrima que não derramei à tua frente para saberes o que me fazes sofrer.
O meu ombro sempre foi teu porto de abrigo e tu apenas me albergas tempestades. Ou sou eu que tranporto um copo de água a transbordar?
um beso

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(in)sanidade escrita

Bem vindo ao mundo das verdades e mentiras de Trice ;)
Não penses que depois de ler qualquer um dos textos da Patrícia a conheces seja um pouco que seja, ela é demasiado ocupada para pensar no que escreve e só escreve o que (pensa) que sente. Já aconteceu não sentir. Por isso é que o blog se apelida de #Verdades e mentiras do dia 0#