Escreve-se na pele,
para que a tinta penetre
e vá na circulação
em direcção ao coração.
Essas palavras exdrúxulas
de Fernando Pessoa
que aquecem no silêncio.
Sentes a tinta fresca,
tão suave como aquelas manhãs
em que o orvalho te lembra
o quanto és simples.
Mas com o passar do tempo,
a tinta esgota-se
como as palavras que antes eram tantas
e seca, ela seca de um trago
com o tempo.
Mas ele não se importa,
tem na mão a caneta
e pode escrever de novo
quando bem lhe apetecer.
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