quarta-feira, 18 de julho de 2007

A pequena criança .


No pequeno castelo, já não havia a rainha má, nem o rei rezingão. Apenas uma criança, uma pequena menina, que há medida que crescia, começava a ver as coisas de uma maneira diferente. Soube que quando era pequena, nada lhe interessava, para além das brincadeirinhas, da honestidade, sinceridade. Eram tempos em que não lhe coubia na cabeça mentir. Há medida que ia conhecendo esse mundo, viu que as pessoas usavam a mentira á verdade. Que já não sorriam por vontade, mas por falsidade. Que já não se distinguia a dor da felicidade, pois todos disfarçavam os sentimentos. Mas ela continuou fiél ao coração. Dizem que a sua cara é o espelho da sua alma. Houve uma vez que ela pensou em esconder quando se encontrava triste, mas eis que lá veio o seu interior, chamá-la, aquela vozinha... que lhe explicou a impossibilidade de trair o seu coração. E disse "luta", como se puxasse por ela, como se não deixasse deitar tudo a perder, só porque não tinha sido bem sucedida nalguma batalha. Disse-lhe por fim, "Perdeste esta batalha, mas não perderás a Guerra".


A pequena criança, sorriu e disse:

- Eu sei, eu sei que se sorrir, nada me impedirá. Sei que se for verdadeira, encontrarei a falsidade nos olhares dos outros e não serei mais uma. Serei eu, serei feliz.



Como que de repente, a luz apagou-se, deixando aquela doce rapariga adormecer, sabendo que agora já era uma bela mulher.

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(in)sanidade escrita

Bem vindo ao mundo das verdades e mentiras de Trice ;)
Não penses que depois de ler qualquer um dos textos da Patrícia a conheces seja um pouco que seja, ela é demasiado ocupada para pensar no que escreve e só escreve o que (pensa) que sente. Já aconteceu não sentir. Por isso é que o blog se apelida de #Verdades e mentiras do dia 0#