quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Parte I, minha querida.

"Foi há coisa de um ano que o conheci, Patrícia. Nessa altura não sabia o que ele me faria sofrer hoje.", disse Ela.
Nunca vi tamanho drama, numa história tão simples. Ela gosta dele, ele gosta dela. Já se beijaram debaixo das estrelas, debaixo do céu. Já conhecem as suas bocas tão bem, de cor e salteado, todos os cantos e recantos. Mas as palavras não saem do coração. Em relação a amigos, já o disseram, já o admitiram. Mas quando se trata de falarem, de se confrontarem, nada dizem. Ele já o admitiu, mas logo caiu na patetice de desmentir. Ela já o quis dizer, mas quando abria a boca, as palavras saiam moucas. Parecia que quanto mais tempo já se passava entre os seus corações, mais afastados se tornavam. Mais o verbo esquecer passava naquelas mentes tão abandonadas de espírito. Sim, porque eles um sem o outro não sorriem. Não conseguem dar-se a esse prazer. Talvez se riam dalguma piada, ou de algum bobo da corte, mas não é da mesma maneira. Já os apanhei na discoteca a trocar olhares, mas olhares daqueles de "eu só sou feliz a teu lado". Mas nada! Não assumem, não dão felicidade á sua própria vida. Ele não admite perante mim que gosta dela, ela admitiu perante mim. Mas jamais quero vê-la a sofrer. O problema foi que ela não se devia ter apaixonado. Mas todas cometemos esse erro não é ? Eu também há pouco tempo cometi o mesmo erro. Mas passou, agora também estou a falar dela, não de mim. Ele e Ela não se parecem entender de momento. Ela sorri cada vez que se lembra do sabor da boca dele. Ela diz que nunca gostou de ninguém como dele, mas que está preparada para o esquecer. Eu sempre acreditei em lutas. Gostaria que Ela lutasse, só desta vez. Ela diz que não encontra as forças, mas eu digo-lhe que as vá procurar no amor..


Mais tarde continuo.

Sem comentários:

(in)sanidade escrita

Bem vindo ao mundo das verdades e mentiras de Trice ;)
Não penses que depois de ler qualquer um dos textos da Patrícia a conheces seja um pouco que seja, ela é demasiado ocupada para pensar no que escreve e só escreve o que (pensa) que sente. Já aconteceu não sentir. Por isso é que o blog se apelida de #Verdades e mentiras do dia 0#